Encontro de Coros

A voz é a maior ferramenta de mudança dos problemas sistémicos que encontramos na sociedade. Neste caso, é através da música que ela é usada e é a cada melodia que faz a diferença.

Num evento intimista, agregámos dois coros que expressam as suas convicções e valores através da música. O Fio à Meada relembra a mulher trabalhadora com músicas tradicionais portuguesas, que percorrem todo o país. Com o adufe nos braços, ecoam os direitos da mulher e a sua valorização perante a sociedade.

“Homofobia, não, já chega de preconceito” é um dos ajustes que o coro Alarido fez à letra de António Variações. Com um repertório mais internacional, abordam temas como o feminismo e a comunidade LGBT e expõe os seus valores através das mais lindas melodias.

O palco para estes artistas foi a Base Organizada da Toca das Artes (B.O.T.A.), cuja programação também vai de acordo com as convicções da HeForShe Lisboa. Um espaço acolhedor, onde prevalecem direitos iguais e o preconceito e a discriminação não passam da porta de entrada.

Fio à Meada

O Fio À Meada — Vozes Tradicionais Femininas, é um grupo amador, em Lisboa, desde 2017. Composto por 20 vozes femininas descendentes de mulheres de trabalho: lavadeiras, cantadeiras, ceifeiras, mondadeiras, mães, esposas, filhas e irmãs, o coro nasceu do gosto pela tradição oral e da busca pelo resgatar de uma cultura antiga procurando-se fazer escutar a paixão pela música tradicional portuguesa, cantada e reinterpretada face aos dias de hoje.

Repertório: "Lavadeira"; "Costureira"; "Padeirinha"; "Cardadores"; "Labuta"; "Adelaide, Adelaidinha".

Alarido Feminista

O Alarido — Coro Feminista e LGBT surgiu no final de 2017 e estreou-se no 1º Festival Feminista de Lisboa, em março de 2018. Desde aí, já atuou em duas edições da Feira do Livro de Lisboa, no Arraial ‘Santos é Campolide’ (em Lisboa), no Arraial Março Mulher (em Setúbal), na Festa do Livro (no Palácio de Belém, em Lisboa), no encerramento do 2º Festival Feminista de Lisboa, na sessão de lançamento da FEM — Feministas em Movimento, na sessão de lançamento da Agenda Feminista da UMAR, para além de uma participação musical que antecedeu a peça "Os monólogos da vagina" organizada pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas para assinalar o V-Day. Ensaia semanalmente num espaço cedido pela Junta de Freguesia de Campolide e, sob a condução de Tomás Larisch Frazer, o coro canta arranjos a cappella de canções pop (mais e menos recentes), para mostrar que o ativismo feminista e LGBT se pode fazer também através da música - e sempre a muitas vozes.

Repertório: “Amor e sexo” (Rita Lee); “Titanium”; (Sia) “Força” (Nelly Furtado); “Não não não” (Adelaide Ferreira); “Freedom” (George Michael); “Muda de vida” (António Variações)

B.O.T.A — Base Organizada da Toca das Artes

Localizada nos Anjos, a Base Organizada da Toca das Artes (B.O.T.A.) é um espaço cultural, com uma programação diversificada e com eventos muito diferentes do habitual. Além do encontro de coros, contou com atividades como aulas de tango, diversos concertos e, até dia 17 de abril, têm uma exposição a decorrer que visa desconstruir a imagem criada sobre a representação feminina, com entrada livre. Um cantinho que vale a pena visitar, pois, além dos fáceis acessos, garante uma incrível experiência cultural.